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1 de julho de 2025A dor na parte lateral do cotovelo, que começa leve e vai se intensificando com o tempo, é um sinal clássico da chamada epicondilite lateral — mais conhecida como “cotovelo do tenista”.
Apesar do nome como é popularmente conhecida, essa condição não acomete apenas atletas: ela é muito comum em quem realiza movimentos repetitivos com os braços, como profissionais de escritório, mecânicos, professores, cozinheiros e, claro, praticantes de esportes de raquete e força.
Uso de analgésicos para "mascarar" a dor
O problema é que, muitas vezes, a dor é ignorada ou mascarada com analgésicos e o que começa como um incômodo pode se transformar em uma lesão crônica e incapacitante — e, nos casos mais avançados, até mesmo exigir cirurgia.
Neste artigo, você vai entender por que o cotovelo do tenista acontece, como é feito o diagnóstico e quais as melhores formas de tratamento, além dos riscos de deixar o problema evoluir sem acompanhamento médico, confira:
O que é o “cotovelo do tenista”?
A Epicondilite lateral - o termo médico para “cotovelo do tenista” consiste em uma inflamação nos tendões que ligam os músculos do antebraço ao cotovelo, causada por sobrecarga nos tendões extensores do punho, especialmente o extensor radial curto do carpo.
Essa inflamação ocorre em consequência de atividades com esforço repetitivo — abrir potes, digitar, levantar pesos — ou mesmo em posturas inadequadas mantidas por muito tempo.
A repetição gera microlesões e inflamação na região lateral do cotovelo, provocando dor ao fazer força, segurar objetos ou estender o braço.
Quais são os sintomas da epicondilite lateral?
Os principais sinais incluem:
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Dor na parte externa do cotovelo, que pode irradiar para o antebraço
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Sensibilidade ao toque na região lateral do cotovelo
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Dor ao segurar objetos, girar maçanetas ou levantar peso
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Fraqueza de preensão (dificuldade de segurar coisas com firmeza)
Nos estágios iniciais, a dor pode ser intermitente. Com o tempo, pode se tornar contínua e impactar atividades simples do dia a dia.
Como o diagnóstico é feito?
O ortopedista avalia os sintomas e realiza testes clínicos específicos — como o teste de Cozen ou o teste de Mill — que reproduzem a dor característica.
Exames como ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser utilizados para confirmar o diagnóstico ou avaliar a extensão da lesão tendínea.
Quais os riscos de não tratar o “cotovelo do tenista”?
Muitas pessoas continuam suas atividades normalmente, mesmo com dor, recorrendo a analgésicos de uso contínuo. O problema é que, sem o tratamento adequado:
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A inflamação pode evoluir para degeneração tendínea (tendinose)
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O tendão pode sofrer rupturas parciais ou completas
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A dor crônica pode limitar a função do braço e comprometer a qualidade de vida
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O paciente pode precisar de tratamento cirúrgico, com reabilitação prolongada
Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de uma recuperação completa com medidas conservadoras.
Quais são as opções de tratamento?
Na maioria dos casos, conseguimos excelentes resultados com tratamentos conservadores, que podem incluir:
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Medicações anti-inflamatórias (sob prescrição médica)
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Modificação temporária das atividades que causam dor
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Fisioterapia específica, com foco em reequilíbrio muscular, liberação miofascial e exercícios excêntricos
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Infiltrações (em casos mais resistentes à fisioterapia)
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Uso de órteses (como a faixa anti-epicondilite) durante o treino ou atividades intensas
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Ondas de choque (terapia eficaz para dor crônica sem resposta ao tratamento inicial)
Nos casos em que a abordagem conservadora não trouxe os resultados esperados ou nos casos de rupturas parciais avançadas, pode ser indicado o tratamento cirúrgico.
A cirurgia consiste na remoção das áreas degeneradas e reinserção dos tendões saudáveis ao osso. É feita por via aberta ou artroscópica e exige reabilitação progressiva.
Como prevenir a recorrência?
Depois de tratado, o paciente deve adotar medidas para prevenir recaídas:
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Corrigir a ergonomia no trabalho ou na prática esportiva
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Manter um bom equilíbrio muscular entre antebraço, punho e ombro
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Evitar esforços repetitivos sem preparo físico adequado
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Procurar avaliação médica ao menor sinal de dor persistente
O “cotovelo do tenista” é uma condição comum, mas que não deve ser ignorada. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível evitar complicações, preservar a função do braço e manter o desempenho nas atividades profissionais e esportivas.